No que creio e tento viver.

Entendo que a verdadeira rendenção espiritual não tem entre os seus agraciados aquelas pessoas que posam de santas e moralmente irrepreensíveis, tampouco aquelas que investem a sua vida em defender a doutrina melhor fundamentada em escritos ancestrais... vejo que ela é alcançada pelo pecador arrependido que, por assim se reconhecer e ciente de sua limitação, ousa não mais negociar com Deus o Seu favor mediante seus esforços pessoais mas, em um passo de fé, acredita na bondade intrínseca de seu Ser e nos méritos do Cristo crucificado e ressurreto respondendo à essa fé com uma nova postura, voltada à Deus e ao próximo sem fanatismos, dando assim sabor à sua vida e a dos que estão à seu redor neste mundo. E tudo isso é possível exclusivamente pela Graça de Deus, fruto de Seu amor por nós.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Dia Mau





Recebi a mensagem estampada na figura acima compartilhada no Facebook, por um estimado irmão de fé. Pus-me a refletir sobre essa mensagem e partilhei com ele meu pensamento sobre tal tipo de "determinação" em nome de Deus.

Lembrei do versículo abaixo e ponderei o que vem a seguir:

"No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele." Eclesiastes 7:14

Não é sábio fugir do dia mau. Ele existe e faz parte da dinâmica de nossa caminhada por aqui. O dia mau também cumpre propósitos divinos.

Jesus nos ensina que frente à nossa fragilidade, é lícito pedirmos o livramento desse dia (Pai Nosso e Oração Sacerdotal). Mas também alerta que caminhar com Ele significa ser exposto ao dia mau, pela rejeição à Sua pessoa e pregação em nós (Sermão do Monte).

A bonança perene nesse corpo do pecado que vivemos não é vontade divina, pois nela não opera a perseverança e a esperança na adversidade. E nós mesmos, com grande frequência, somos quem precipitamos esses dias maus em nossas vidas pelas decisões que tomamos, mesmo nos parecendo serem decisões boas.

Por isso Jesus pede (e não ordena) ao Pai o livramento dos seus (e de si mesmo, antes da crucificação), reconhecendo nEle a nossa fragilidade. Daí Paulo afirmar que não nos sobrevêm tentação maior que a força que Senhor nos dá para suportá-la. Ninguém é tentado, senão nos dias maus...

Os discípulos de Jesus souberam bem disso em sua própria carne, pois encontraram seu fim no dia mau de suas vidas. Mas pereceram convictos da obra divina em sua existência!

No dia mau, nosso consolo é o abrigo e o favor que temos no Pai para suportá-los.

No dia mau, a certeza do Seu Amor firma-nos a enfrentar o futuro que desconhecemos.

No dia mau, a nossa coroa é sabermo-nos de antemão que somos mais que vencedores.

O que passar disso é simplesmente o desejo de fugir da realidade-verdade que a nós se impõe de maneira irrefutável, ainda que seja carregado do melhor sentimento de nossos corações... e esse coração, segundo a bíblia é enganoso e desesperadamente corrupto... nem mesmo nós o conhecemos... só o Pai conhece. Por isso pedimos: “Seja feita a Sua vontade, assim na terra como nos Céus...”, pois pela fé aceitamos que a vontade dEle é perfeita e boa para nós.


Abçs.

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