No que creio e tento viver.

Entendo que a verdadeira rendenção espiritual não tem entre os seus agraciados aquelas pessoas que posam de santas e moralmente irrepreensíveis, tampouco aquelas que investem a sua vida em defender a doutrina melhor fundamentada em escritos ancestrais... vejo que ela é alcançada pelo pecador arrependido que, por assim se reconhecer e ciente de sua limitação, ousa não mais negociar com Deus o Seu favor mediante seus esforços pessoais mas, em um passo de fé, acredita na bondade intrínseca de seu Ser e nos méritos do Cristo crucificado e ressurreto respondendo à essa fé com uma nova postura, voltada à Deus e ao próximo sem fanatismos, dando assim sabor à sua vida e a dos que estão à seu redor neste mundo. E tudo isso é possível exclusivamente pela Graça de Deus, fruto de Seu amor por nós.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Juízo, Graça, Fé e Reconciliação

Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. 
 
2 Coríntios 5:14-21

O fato é que a humanidade já foi perdoada de seus pecados passados, presentes e futuros. Resta a nós, que recebemos essa mensagem e nela cremos, dela usufruímos e por ela somos gratos como portadores do Ministério da Reconciliação, divulgarmos a humanidade que Deus JÁ FEZ as pazes com o homem... que a este é possível livrar-se do jugo do pecado e ter comunhão com aquele que o criou... que é possível experimentar e viver a liberdade plena e a paz que ninguém pode entender... que Ele outorgou aos que assim creem o Seu Espírito, como garantia de que Ele cumprirá a tarefa que, por amor, a Sí mesmo propôs... que somos responsáveis pelas nossas escolhas sejam elas permanecer debaixo do medo imposto pela religiosidade ou da libertinagem hedonista e por elas responderemos somente à Ele que nos perdoou de ambas e de todo espectro que compõe a escala entre esses dois extremos... que se Este decidiu que terá junto de Sí o mais vil de todos os homens em detrimento daqueles que considerávamos o mais “santo” segundo a medida da religiosidade humana, não nos compete arbitrar a vontade d’Aquele que é Absoluto e prescruta os corações do TODOS os homens e não os julga segundo as falíveis percepções humanas... que o inimigo de nossas almas não tem mais autoridade para nos acusar pois o escrito de dívida que havia contra nós, repleta de ordenanças foi resgatada das mãos dele e rasgada pelo Cristo ressurreto, pois tudo foi consumado na cruz... que sabemos quando pecamos quando nossa consciência em Deus nos acusa, influenciado pelo Seu Espírito que em nós habita... que o que é pecado para um pode não ser para outro, portanto cada um anda segundo sua própria consciência em Deus, não sendo juiz de seu irmão, tampouco impondo sua percepção como a medida da espiritualidade ideal, pois somos seres humanos imperfeitos e nada em nós pode ser absoluto para si ou para o próximo... que quem recebe tal mensagem de e em amor não tem outra alternativa -por paradoxal que seja- a não ser voluntariamente submeter-se ao Senhorio de Seu Redentor e por/para Ele viver, transformando sua vida uma resposta prática de amor a Ele, à si mesmo e ao próximo que embora não perceba, está ansioso em ouvir essa mensagem e ver em nós o resultado prático e sobrenatural dela.


Infelizmente o nosso próximo tem ouvido dessa igreja que aí está a mensagem do juízo divino e não da reconciliação. E esse evangelho do juízo é a mensagem “de Jesus” compreendida pela “carne”, segundo o trecho de II Coríntios. Essa igreja não percebeu ainda que a Graça só se manifestou entre a humanidade pois o Cristo cumpriu na cruz as exigências do juízo divino. Quem vem imputando falsamente o juízo divino à humanidade como se tal não tivesse sido cumprido na cruz, está no mínimo desinformado ou sendo desonesto! Só há um que tem o interesse em transformar a vida do homem na terra em um inferno com acusações de juízo divino: o Diabo!

O homem está sim sob outro juízo que não é o divino: o juízo de suas próprias escolhas, o efeito de suas opções equivocadas. Prossegue vítima do pecado imanente com escolhas conduzidas por esta pulsão e do desconhecimento de que outra vida é possível, que o problema do pecado, da falta de comunhão com o Criador e da justiça divina foi resolvido na cruz de uma vez por todas. Que agora há Graça Divina para todos!

A graça não é uma linha de montagem onde todos se parecem... quem cria cópias e clones é a religião, Deus criou seres humanos diferentes entre si e diferentemente por Ele são tratados. Só o pecado e a Graça iguala a todos. E a Graça é superior ao pecado! Por isso Deus tem formas e não fôrmas. E a falta de fôrmas assusta o sistema religioso pois a partir daí, não há mais controle de nada... mas a verdadeira Igreja sabe que Ele está no controle e que à ela importa ser a presença de Jesus na terra, operando a obra d’Ele como se Ele aqui estivesse como estava na plenitude dos tempos.

Enquanto a igreja que aí está continua dando importância àquilo que claramente Ele não deu importância alguma ou que não é de sua conta, temos medo de viver a genuína experiência da fé, a reconciliação pela Graça. A seguir essa cartilha, a do conhecimento carnal de Cristo, não haverá graça para nós, muito menos anunciação da reconciliação para a humanidade!

O convite não é para sistematizar a experiência, é para viver a mensagem! Só assim o medo da libertinagem e da prisão religiosa que antagonizam hoje crentes e descrentes desvanecerá.
 

Um comentário:

António Je. Batalha disse...

Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
Ficarei radiante se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais, saiba que sempre retribuo seguido
também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.