No que creio e tento viver.

Entendo que a verdadeira rendenção espiritual não tem entre os seus agraciados aquelas pessoas que posam de santas e moralmente irrepreensíveis, tampouco aquelas que investem a sua vida em defender a doutrina melhor fundamentada em escritos ancestrais... vejo que ela é alcançada pelo pecador arrependido que, por assim se reconhecer e ciente de sua limitação, ousa não mais negociar com Deus o Seu favor mediante seus esforços pessoais mas, em um passo de fé, acredita na bondade intrínseca de seu Ser e nos méritos do Cristo crucificado e ressurreto respondendo à essa fé com uma nova postura, voltada à Deus e ao próximo sem fanatismos, dando assim sabor à sua vida e a dos que estão à seu redor neste mundo. E tudo isso é possível exclusivamente pela Graça de Deus, fruto de Seu amor por nós.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Que venha a perseguição

Pr. Ariovaldo Jr.

Bom mesmo é quando a igreja é perseguida a ponto de não poder alugar um prédio. Pra começar não ficamos preocupados durante todo o mês com a arrecadação de dízimos e ofertas. Não haveriam despesas fixas tão asfixiantes. Não seria preciso usar Malaquias fora de contexto para forçar as pessoas a ofertarem por medo do devorador.

Não incomodaríamos nossos vizinhos com os ensaios do louvor. Não teríamos a “dona Maria” reclamando todos os sábados a noite do barulho bem na hora do Jornal Nacional. E o pior é que eles tem razão em reclamar. “Graças a Deus” eu não moro vizinho de minha própria igreja. Deve ser muito bom poder louvar a Deus apenas com sussurros. Não sei se a maioria das pessoas já parou para imaginar que isso é totalmente possível.

Bom mesmo é quando não precisamos investir em decoração e multimídia valores exorbitantes e muitas vezes superiores ao que gastamos com pessoas. É muito bom quando precisamos que cada um traga uma cadeira de casa. É muito bom quando somos poucos e não é necessário ar-condicionado. Basta ligar um ventilador, ou mudar o culto para outro local mais fresco.

Bom mesmo é quando não podemos pagar a ninguém para ficar por conta do “rebanho”. Todos compartilhariam da responsabilidade de cuidar de seus irmãos. E se algum irmão for “separado” para a dedicação exclusiva no ministério, poderíamos compartilhar com ele apenas suas necessidades básicas e na medida de nossas possibilidades. Cada prato de comida teria um sabor especial para quem o recebe. Seria muito diferente de poder comprar sua própria comida. Servir ao ministério seria de fato um ato de renúncia.

Bom é quando não podemos usar microfones e, então, precisamos falar do evangelho no mesmo volume dos ouvintes. Então a pregação se torna viva e participativa. Acabam-se as circunstâncias em que ficamos horas e horas seguidas ouvindo alguém falar de cima de um palco. Se não conseguimos prestar atenção em quem berra num microfone, é por que o assunto deve ser realmente desinteressante. Mas por que será que preferimos culpar as pessoas ou o “espírito de distração” por nossa irrelevância?

Bom é quando nossa casa não pode ser referência de reunião, sob risco de sermos presos. Bom é quando nossa vida não pode se tornar referência de conduta, sob risco de sermos mortos. Fica tão mais fácil discernir quem é ou não discípulo de Jesus. Poucos se arriscariam fingindo ser crente sob o risco constante de ser perseguido. Não seria necessário gastar palavras em pregações combatendo a religiosidade do povo.

Bom mesmo é ser crente em países muçulmanos.

Eu disse que estas coisas todas são boas. Não disse que eram fáceis!

fonte: ariovaldo.com.br, via Bereianos

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