No que creio e tento viver.

Entendo que a verdadeira rendenção espiritual não tem entre os seus agraciados aquelas pessoas que posam de santas e moralmente irrepreensíveis, tampouco aquelas que investem a sua vida em defender a doutrina melhor fundamentada em escritos ancestrais... vejo que ela é alcançada pelo pecador arrependido que, por assim se reconhecer e ciente de sua limitação, ousa não mais negociar com Deus o Seu favor mediante seus esforços pessoais mas, em um passo de fé, acredita na bondade intrínseca de seu Ser e nos méritos do Cristo crucificado e ressurreto respondendo à essa fé com uma nova postura, voltada à Deus e ao próximo sem fanatismos, dando assim sabor à sua vida e a dos que estão à seu redor neste mundo. E tudo isso é possível exclusivamente pela Graça de Deus, fruto de Seu amor por nós.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A fé evangélica e a fé de consumo

Os crentes de hoje exarcerbaram nas simbolizações em pról do aumento de adesôes à essa fé dita evangélica, mas pagã em sua essência, com vistas a formar uma massa de manobra objetivando alcançar proeminência política.

Por ser a autêntica fé evangélica "pobre" de elementos simbólicos (o pão e o vinho na ceia são admitidos nessa categoria por serem os elementos assim usados por Cristo e por Ele recomendados que, até Sua volta, fossem assim usados em memória dEle), a alma pagã do homem que hoje se professa cristão ainda precisa dos ritos, mitos e alegorias pagãos para sentir-se seguro em sua religiosidade, bem como da manifestação de sinais exteriores que assegurem para si (e para os outros em especial) que estão trilhando a vereda do caminho correto.

A espiritualidade cristã ocidental é "para fora", nunca "para dentro". As marcas de uma vida interior abundante e que se manifesta na sua forte influência sobre quem vive ao seu redor não é mais o paradigma do verdadeiro cristão. Na lógica cristã contemporânea o que vale são os números, sinais estes que podem ser mensurados pelo homem - limitado em suas percepções à este mundo físico e moral.

Quem tem mais discípulos ou membros; quem tem mais células ou pequenos grupos; quem "converteu" mais gente; quem arrecada mais; quem tem rádio, tv e internet para se comunicar com seus fiéis; quem levou mais gente para os eventos e congressos; quem está mais "organizado"; quem... quem... quem... quem... são esses parâmetros que balizam o exercício da espiritualidade padronizada pelos "revelamentos e profetadas" dos auto-intitulados apóstolos que proliferam em nossa terra, mais que erva daninha no meio da plantação.

A mudança de vida pelo poder de Deus, que é o verdadeiro evangelho (quando este consegue mudar em algum aspecto o interior dos segudores de apóstolos) hoje é visto como fruto de categoria inferior para estes neo-evangélicos. O que vale é quantidade, coisa que sê vê e se projeta na sociedade dentro do contexto do plano político-religioso dessa gente, de tomada do poder temporal. A qualidade da espiritualidade desse povo todo é creditado na conta da responsabilidade divina, segundo esses apóstolos da avareza e do poder humano, justificando o fraco ensino espiritual (mais frequentemente ligado à métodos de crescimento que em direção ao pleno conhecimento pessoal de Deus) que apresentam ao seu "santo" curral eleitoral como A palavra definitiva sobre a vida cristã.

Enquanto isso, àqueles aos quais deveria-se pregar as boas novas de paz pela via do arrependimento e salvação pelo sacrifício do Cordeiro de Deus, são bombardeados pela mídia na pregação do deus da primeira casa, do primeiro carro zero quilômetro, da casa de praia, da viagem ao exterior, da segunda casa, do terceiro carro, da frota de carros, do iate, do jatinho, da restauração profissional, dos shows maniqueístas, do cruzeiro marítimo, da barganha financeira, da clonagem psicológica, da coação espiritual, do seqüestro da alma, da vil tirania.

Esse deus se parece com quem? Com o Deus de amor que JÁ EXECUTOU SUA JUSTIÇA EM CRISTO E CHAMA TODOS AO ARREPENDIMENTO, ou ao deus que, segundo a concepção dos "apóstolos", consideram que valha a pena ser pregado para que seus objetivos de conquista de poder sejam alcançados? Um deus que é segundo a vileza de sua própria imagem e semelhança?

Pobre povo... frequentemente afirmam exultantes, terem deixado sua antiga fé para seguirem à "cristo", quando na verdade só trocaram de Papa, médium ou de pai-de-santo por outros que falam e prometem o que agrada-lhes os ouvidos em nome de "deus"... e estes prosseguem suas vidas tão ou mais iludidos quanto antes.

Minha esperança é que isso só seja uma fase do caminhada individual de cada um no conhecimento de Deus... que esses líderes espirituais que mentem em nome de Deus não colham como resultado de sua negligência a conversão desses que hoje se entregam à seus caprichos em ateus, por acreditarem que eles são oráculos divinos

2 comentários:

Elisabeth Lorena Alves disse...

Muito bom seu espaço Eli.

Eliézer disse...

Grato pela sua manifestação. O objetivo é que este seja um espaço para edificação e reflexão dos conteúdos do evangelho. Paz!