No que creio e tento viver.

Entendo que a verdadeira rendenção espiritual não tem entre os seus agraciados aquelas pessoas que posam de santas e moralmente irrepreensíveis, tampouco aquelas que investem a sua vida em defender a doutrina melhor fundamentada em escritos ancestrais... vejo que ela é alcançada pelo pecador arrependido que, por assim se reconhecer e ciente de sua limitação, ousa não mais negociar com Deus o Seu favor mediante seus esforços pessoais mas, em um passo de fé, acredita na bondade intrínseca de seu Ser e nos méritos do Cristo crucificado e ressurreto respondendo à essa fé com uma nova postura, voltada à Deus e ao próximo sem fanatismos, dando assim sabor à sua vida e a dos que estão à seu redor neste mundo. E tudo isso é possível exclusivamente pela Graça de Deus, fruto de Seu amor por nós.

sábado, 23 de maio de 2009

Falta uma parte no seu livro

Bem, não sei se foi sonho, visão, ou se foi fruto de minha imaginação. Mas que eu vi, vi. Vi um membro da igreja “O Céu Aqui e Agora” com uma Bíblia em suas mãos. Notei que o Livro Sagrado que ele carregava, tinha volume muito reduzido. Chegando mais para perto dele, pude observar que a sua Bíblia não continha o Novo Testamento.

Fiquei muito curioso, e resolvi abordar o portador do referido livro:

"Moço! Sua bíblia está faltando a parte principal. A parte que fala da história de Cristo".

Fiquei pasmo e estático com o sermão que ele me pregou como resposta, o qual, passo a relatar aqui na íntegra:

Se em minha igreja, através de sacrifícios, eu me relaciono diretamente com Deus, para que Cristo afinal?

Se eu tenho o “Manto Sagrado da Prosperidade” para tocar, e tal qual uma vara de condão, adquirir tudo de “bom” que existe na terra, além de transformar o meu saldo bancário de devedor em credor, para que Cristo afinal?

Se eu tenho comigo o exército dos “Trezentos e dezoito”, que pelejam por mim, para que Cristo afinal?

Se eu tenho a “Escada do Sucesso” para escalar e alcançar os píncaros da prosperidade financeira, para que Cristo afinal?

Se eu tenho o “cajado de Moisés” para me fazer atravessar os “mares vermelhos” da vida, para que Cristo afinal?

Se eu tenho a “água do Rio Jordão” para curar sarnas, lepras, psoríases e outras dermatoses de origem demoníaca, para que Cristo afinal?

Se eu tenho o “Óleo do Jardim das Oliveiras” para curar as minhas cefaléias e depressões, para que Cristo afinal?

Se eu tenho a “Rosa Ungida” para me trazer a paz de espírito, para que Cristo afinal?

Se eu tenho a água do “Mar da Galiléia” para usar como colírio, a fim de tirar a concupiscência dos olhos, para que Cristo afinal?

Se eu tenho semanalmente a “Sessão do Descarrego”, que me limpa de todo o pecado, para que Cristo afinal?

Se eu tenho, com uma simples contribuição monetária - o direito de participar da “Fogueira Santa de Israel” e receber instantaneamente tudo que almejar, para que Cristo afinal?

Se eu tenho a qualquer hora, quem tire os meus “encostos” que atrapalham a minha vida familiar, para que Cristo afinal?


Depois de expôr o seu rosário de práticas, evidenciando a desnecessidade de recorrer a Cristo, o moço desapareceu subitamente de minha visão. Fiquei então a matutar com os meus botões.

Foi à partir desse encontro emblemático, que eu pude entender a razão pela qual, na visão daquele jovem, tudo tinha que ser pago: “é que ele realmente não conhecia ainda as ‘Boas Novas’ do Evangelho, onde tudo é de graça, por graça e pela graça”.

Qualquer semelhança com a realidade, não é mera coincidência, pois eu juro que tudo que ouvi do personagem inventado, é a mais pura verdade.

Levi Bronzeado

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